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Crescimento do e-commerce impacta no varejo automotivo 

 

Os anos de 2020 e 2021 foram marcados pelas mudanças causadas pelo isolamento social, o que ficou popularmente conhecido como novo normal. Dentre essas mudanças, ocorreu uma grande migração do físico para o digital, aumentando consideravelmente as vendas de varejistas pelo e-commerce e fazendo com que as lojas investissem cada vez mais na criação de estratégias online. Com o varejo automotivo, o cenário não foi diferente.

 

Embora o mercado brasileiro de automóveis tenha passado por uma das crises mais difíceis de sua história, sendo o terceiro país com maior queda no setor durante o período de pandemia, os primeiros passos de recuperação ficaram evidentes já na primeira metade de 2021, aumentando gradualmente conforme a vacinação avança e podendo resultar em uma normalização completa do varejo automotivo até 2023.

 

Mudanças para o varejo automotivo

 

Todo o setor de automóveis está se tornando cada vez mais digital, tendo como exemplo as possibilidades de atendimentos virtuais pelo app do Detran, que oferecem muito mais facilidades ao condutor. Para o varejo automotivo, essas mudanças podem ter grandes semelhanças com aquelas que estão ocorrendo em todo o mercado varejista nacional, que oferecem condições diferentes para compras na loja virtual e na loja física, dando importância a ambos os formatos.

 

A tendência é que seja oferecida a possibilidade de comprar um automóvel pelo e-commerce, com retirada na concessionária, acordo que se torna vantajoso para o consumidor pela liberdade de escolha que é oferecida no ambiente virtual, onde ele pode buscar por informações variadas sobre o automóvel que escolheu, fazer comparações entre os modelos de interesse e sanar todas as suas dúvidas após poucos minutos de pesquisa.

 

Acredita-se que as concessionárias podem passar a atuar mais como reforços no pós-venda ou como showroom, para que o consumidor analise o veículo pessoalmente antes da compra. Essas mudanças no varejo automotivo não serão responsáveis pela extinção a longo prazo das lojas físicas, apenas por um ambiente híbrido, que une físico e digital para oferecer o melhor atendimento ao cliente, com mais comodidade e praticidade.

 

Desafios enfrentados pelo varejo automotivo

 

Após o levantamento que apontou a relação entre a dificuldade que o consumidor ainda encontra na compra de veículos pela internet à vontade de testar essa possibilidade, o varejo automotivo percebeu que ainda existe um longo caminho a ser percorrido quando se trata de aprimorar as técnicas de vendas pelo e-commerce, o que inclui ampliar os conhecimentos sobre a jornada de compra e evoluir no atendimento virtual.

 

Outro desafio enfrentado pelo varejo automotivo nos próximos meses será o aumento no valor dos impostos na compra de veículos, especialmente em áreas de grande movimentação urbana, resultado das paralisações na fabricação de novos modelos e no aumento da busca por veículos usados e seminovos, consequência direta da crise financeira, da dificuldade na importação de peças e da queda na necessidade por locomoção após o isolamento social.

 

Impactos na indústria de autopeças

 

A venda de peças automotivas pela internet não é novidade, embora tenha aumentado aproximadamente 35% após o início da pandemia. Mesmo lojas que operavam somente no ambiente físico precisaram se adaptar à grande demanda que começou ainda em 2020, afinal com a queda na fabricação de veículos novos e o aumento na venda de usados e seminovos, também cresceu a procura por peças de reposição.

Assim como todas as áreas do varejo automotivo, a tendência é que o setor de autopeças passe por algumas transformações que favoreçam a união entre o físico e o digital nos próximos anos, sendo que a praticidade e comodidade do e-commerce podem fazer com que as compras antecipadas sejam realizadas, com frequência, no ambiente digital.